13 de Dezembro de 2023

Conheça o Centro de Produção de Radiofármacos do InsCer

O Centro desenvolve, produz e distribui medicamentos altamente especializados para o diagnóstico de câncer e, de forma pioneira, para o diagnóstico de Doença de Alzheimer.

O InsCer é o instituto de pesquisa, assistência e inovação em saúde da PUCRS. Neste ambiente integrado, são atendidos pacientes, médicos, pesquisadores, estudantes e empresas que buscam compreender, diagnosticar e tratar doenças. O Instituto possuí três grandes frentes de atuação: pesquisa (clínica e pré-clínica), produção de radiofármacos e assistência (através de um centro de imagem integrado às demais estruturas). 

Por meio do Centro de Produção de Radiofármacos (CPR), o InsCer desenvolve, produz e distribui medicamentos altamente especializados para o diagnóstico de câncer e, de forma pioneira, para o diagnóstico de Doença de Alzheimer. Estes radiofármacos são enviados para toda a região Sul do Brasil e alguns grandes polos do país, como São Paulo e Rio de Janeiro, além da utilização para os exames de imagem realizados no Centro de Imagem Molecular (CIM), do próprio Instituto. 
 

ESTRUTURA 

O Centro de Produção de Radiofármacos do InsCer tem área aproximada de 900 m². Nele, ficam localizados os Laboratórios de Produção, de Controle de Qualidade Físico-Químico e de Controle de Qualidade Microbiológico. O CPR ainda abriga um cíclotron, que é o acelerador de partículas responsável pela produção do material radioativo utilizado como matéria-prima para a fabricação de radiofármacos. 

 

O QUE SÃO RADIOFÁRMACOS? 

Radiofármacos são medicamentos injetáveis utilizados na Medicina Nuclear para auxiliar no diagnóstico de doenças neurodegenerativas e oncológicas. Nessa área, um dos medicamentos mais utilizado mundialmente é o Fludesoxiglicose (FDG), que é produzido também no InsCer. Esse radiofármaco tem grande utilidade clínica, principalmente na oncologia, em função da característica biológica dos tumores. Sabe-se que as células cancerígenas têm um aumento da glicólise em relação ao metabolismo oxidativo (até 30 vezes maior que células saudáveis). Quando comparado com células normais, a alta captação do radiofármaco pelas células cancerígenas fornece uma importante evidência importante do grau de malignidade e agressividade biológica do tumor. 

Os menores tumores que este produto consegue detectar têm em torno de 2-6 mm, dependendo da sensibilidade do equipamento de PET/CT utilizado – PET/CT é uma sigla em inglês que significa “tomografia por emissão de pósitrons/tomografia computadorizada”. Desta forma, em alguns casos é possível localizar o tecido tumoral mesmo antes que o mesmo possa ser visualizado em outras técnicas de imagem, como a tomografia computadorizada. 

  

CÂNCER DE PRÓSTATA 

O antígeno de membrana específico da próstata (PSMA) pode ser utilizado para auxiliar no diagnóstico de câncer de próstata primário e metastático com alta especificidade. Comparado com outros radiofármacos utilizados há mais tempo para esta finalidade, o PSMA se mostrou mais sensível e específico.  

 

DOENÇA DE ALZHEIMER 

Além do FDG e do PSMA, utilizados para diagnóstico de diferentes tipos de cânceres, o InsCer também fabrica, de forma pioneira no Brasil, o radiofármaco Florbetabeno (FBB), cuja função é auxiliar no diagnóstico diferencial da Doença de Alzheimer.  

Uma das características mais importantes da Doença de Alzheimer é a presença de placas beta-amilóide no cérebro, algo que não ocorre com outras doenças neurodegenerativas e demências. Essas placas podem começar a se formar muito antes do declínio cognitivo que leva à progressão gradual da doença, ou seja, a sua identificação correta representa um grande progresso no entendimento e no tratamento da doença.  

Saiba mais sobre a fabricação do Florbetabeno.