04 de Abril de 2022

Novos serviços: InsCer oferece tratamento com estimulação magnética para depressão

Criada na década de 1980, a estimulação magnética transcraniana (EMT) tem seu uso aprovado desde 2008 pelo órgão regulatório norte-americano, a Food and Drug Administration (FDA), para o tratamento de depressão. No Brasil, o Conselho Federal de Medicina (CFM) regulamentou, em 2012, o uso do aparelho na área da psiquiatria para depressão e alucinações auditivas da esquizofrenia. Em abril deste ano, a EMT entra no rol de serviços oferecidos pelo Instituto do Cérebro (InsCer) para pacientes com quadros de depressão maior, isto é, que não respondem aos tratamentos farmacológicos prescritos.

“É um procedimento que usa um aparelho que emite um campo magnético para estimular, de maneira focal, algumas áreas do cérebro que estão com prejuízo, ou que não estão funcionando bem, ou que podem se relacionar a outras áreas que melhoram o desempenho em funções emocionais, de pensamento, ou de funcionamento geral do órgão", explica o médico psiquiatra Lucas Spanemberg, um dos responsáveis pela realização do tratamento no InsCer.

Após realizar uma consulta de avaliação com o médico, o paciente elegível para o tratamento passa a realizar as sessões de maneira intensiva, de segunda a sexta-feira.

“São várias sessões realizadas todos os dias”, completa o psiquiatra.

Para esclarecer dúvidas sobre o tratamento, reunimos, abaixo, algumas perguntas e respostas. Outras informações e agendamentos podem ser feitos pelo telefone (51) 3320-5900.

O que é a estimulação magnética transcraniana?

É uma técnica não invasiva baseada em geração campo eletromagnético para modulação da resposta neuronal de determinada área cerebral.

Quem pode ter indicação para fazê-la?

A regulamentação para uso clínico dentro da psiquiatria, conforme o CFM, autoriza o tratamento para depressão e alucinações auditivas da esquizofrenia. No InsCer, o tratamento será realizado exclusivamente para pacientes com quadros de depressão maior.

Como é o tratamento no InsCer?

O paciente faz uma consulta com o especialista que vai prescrever o tratamento mais adequado. Nessa ocasião, também serão tiradas as medidas da circunferência da calota craniana para demarcar a área cerebral de interesse que será estimulada.

Após a avaliação, serão agendadas as sessões, que têm protocolos variados e podem durar até 37 minutos.

Tem efeito colateral?

O mais comum é sentir uma sensação de formigamento no local e dor de cabeça transitória.

Tem contraindicação?

As contraindicações absolutas são pessoas com algum tipo de procedimento cerebral que pode ter alterado a anatomia do cérebro, clipes metálicos no cérebro, e implantes cocleares. Outras contraindicações são relativas.

O tratamento é seguro?

Sim, não há riscos para o paciente desde que ele passe por uma boa avaliação prévia.

Depois da sessão, o paciente pode retomar as atividades habituais?

Sim. O paciente pode manter suas atividades normais após o tratamento.

A partir de qual idade pode ser feita?

O tratamento será realizado no InsCer apenas em maiores de 18 anos.