21 de Setembro de 2020

Pesquisa mostra a importância do ômega-3 para pacientes oncológicos

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Todo mundo já ouviu falar que o ômega-3, aquele nutriente que se encontra principalmente  nos peixes, faz bem à saúde, não é? Pois bem, um projeto de doutorado, desenvolvido na PUCRS e com a parceira do Centro de Pesquisa Pré-Clínica do InsCer, demonstrou que o ômega-3 também é benéfico a pacientes que têm câncer e sofrem com caquexia, que é a perda de peso expressiva durante o tratamento oncológico. O artigo acaba de ser publicado na revista internacional American Journal of Physiology – Endocrinology and Metabolism.

A pesquisa foi encabeçada pela atual pesquisadora de pós-doutorado do Centro de Pesquisas em Toxicologia e Farmacologia (INTOX), Raquel Dal Sasso, que realizou seu doutorado no PPG de Medicina e Ciências da Saúde, na área de concentração em Farmacologia Bioquímica e Molecular, da Escola de Medicina da PUCRS, sob orientação da Profa. Maria Martha Campos.

O trabalho mostrou que determinados receptores celulares respondem de forma benéfica quando em contato com o ômega-3 e outras gorduras similares. Foi observado que quando esses receptores eram ativados, os animais que apresentavam caquexia tiveram uma melhora importante da atividade locomotora, inflamação, e recuperação da perda de gordura, além da manutenção da musculatura esquelética. “Esses últimos sendo dois sinais importantíssimos para o bem-estar e qualidade de vida do paciente com câncer”, afirma Raquel.

Além disso, foi visto que a atividade cerebral dos animais caquéticos estava diminuída em diferentes regiões cerebrais relacionadas à atividade locomotora e ao controle do apetite, e que a ativação desses receptores de ômega-3 promoveu melhora dessa atividade cerebral nessas regiões.

Raquel desenvolveu o trabalho em animais de pequeno porte ao longo dos últimos anos e está contente com os resultados e com os benefícios que podem surgir. “Além de confirmarmos que o uso do ômega-3 é benéfico em pacientes oncológicos, mostramos que esses receptores são alvos promissores como estratégia terapêutica para esses pacientes oncológicos”.