Grupo do InsCer publica artigo sobre armazenamento de amostras de Covid-19
A primeira pandemia do século, causada pelo SARS-CoV-2, se espalhou pelo mundo em um ritmo alarmante, e o seu diagnóstico possui papel fundamental para condutas sanitárias e médicas mais assertivas. No Brasil, o transporte das amostras deve seguir as recomendações da Anvisa, sendo mantidas de 2 a 8°C.
Entretanto, é importante identificar e estabelecer novos parâmetros de transporte e de armazenamento viáveis para amostras enviadas para detecção de SARS-CoV-2. Em estudo conduzido pela equipe de técnicos que trabalham no Diagnóstico Molecular da Covid-19 do InsCer, e publicado na revista científica da AMRIGS, novos parâmetros foram estabelecidos através de duas análises.
Primeiramente, foi avaliada a resistência térmica da caixa de transporte através do monitoramento da temperatura por 24 horas. Como resultado, a caixa térmica permaneceu na faixa de 2 a 8°C por aproximadamente 13 horas.
Também foi avaliada a permanência de positividade do SARS-CoV-2 em amostras de secreção de nasofaringe e orofaringe após a exposição a 30°C e 37°C, sendo (re)analisadas no período de 8, 16 e 24 horas. Como resultado, após a incubação em temperaturas elevadas, as amostras permaneceram positivas para SARS-CoV-2, e os ciclos térmicos não apresentaram diferenças significativas entre elas.
Como conclusão, neste estudo foram estabelecidos parâmetros de transporte e de armazenamento viáveis de médio prazo para amostras de secreção de nasofaringe e orofaringe para detecção de SARS-CoV-2. Aqui, demonstramos que a caixa térmica de transporte se mantém na temperatura indicada por 13 horas e que as amostras também podem ser armazenadas até 37 °C por 24 horas sem prejudicar a região-alvo do vírus a ser detectada.
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