15 de Abril de 2024

Terapias Avançadas são tema de palestra em Seminário de Neurociência Translacional

A pesquisadora e coordenadora dos laboratórios de Nanomedicina e de Neurociências do InsCer, Gabriele Zanirati, participou do Seminários de Neurociência Translacional, realizado na cidade do Rio de Janeiro, no Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino. Convidada por ser referência no desenvolvimento de pesquisas relacionadas ao uso de terapia celular e vesículas extracelulares na epilepsia, a pesquisadora apresentou o histórico do Instituto do Cérebro na área e falou sobre as pesquisas pré-clínicas e os ensaios clínicos com terapia celular realizados  no InsCer.

Gabriele apresentou os resultados promissores nas pesquisas desenvolvidas em terapias avançadas no tratamento da epilepsia refratária (como são chamados os casos em que os medicamentos já não têm mais efeito). “A terapia celular e a nanomedicina são áreas crescentes no mundo e cada vez mais têm sido consideradas como alternativas terapêuticas para patologias de difícil controle”, informa a pesquisadora. ”No InsCer, desenvolvemos essas tecnologias com foco em pesquisa aplicada, avaliando os efeitos dessas terapias inovadoras nas próprias células do paciente (in vitro), por exemplo” explica Gabriele.

Além disso, a pesquisadora teve participação no 1st Brazilian Nanoscale Workshop: Exploring Extracellular Vesicles, também na cidade do Rio de Janeiro, durante os dias 9 a 12 de abril. O evento, que reuniu especialistas na área de renome nacional e internacional, oportunizou discussões sobre o papel das vesículas extracelulares em diferentes condições patológicas. Ainda durante o workshop, a pesquisadora realizou um modulo prático nos laboratórios da FIOCRUZ/RJ para a avaliação de vesículas extracelulares por citometria de fluxo em nanoescala.

      

Legado do Instituto do Cérebro

Atualmente, Gabriele lidera a implementação de uma plataforma de Pesquisa e Desenvolvimento em Nanomedicina no Instituto do Cérebro. Esta plataforma desenvolve estudos em relação às vesículas extracelulares, que podem atuar como biomarcadores, veículos de substâncias e alvos terapêuticos.

“Essa plataforma será utilizada inicialmente para a epilepsia refratária, através de análises e manipulação do conteúdo genético das nanovesículas, avaliando seus efeitos nessa patologia. No futuro, também poderá ser aplicada para outras doenças, como as neurodegenerativas e raras.”