Pesquisador do InsCer participa de dois congressos internacionais
Cristiano Aguzzoli, pesquisador associado ao Instituto do Cérebro da PUCRS, participou de dois congressos internacionais na área de Neurologia durante os dias 13 e 16 de maio. Sediados na Cidade do Cabo, na África do Sul, os dois eventos receberam pesquisadores e a comunidade científica mundial para falar sobre os avanços na área de neurociências e saúde do cérebro.
O Global Brain Health Institute (GBHI), que realizou sua conferência anual entre os dias 13 a 17, é uma instituição global dedicada a diminuir o impacto das doenças neurodegenerativas na população idosa mundial. O segundo evento, que foi realizado em em parceria com o GBHI, foi o AAIC Sattelite Symposium, entre os dias 15 e 16. O AAIC reuniu especialistas em doença de Alzheimer e outras demências para discutir os avanços na saúde pública, no diagnóstico e no tratamento que podem ser aplicados a pacientes atingidos pelas doenças neurodegenerativas.
Em sua fala, Cristiano apresentou os resultados de um estudo longitudinal conduzido na Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, em que investigou a associação entre a deposição de proteína tau no cérebro de pacientes com doença de Alzheimer e sintomas neuropsiquiátricos. “Descobrimos que essa associação existe para determinados sintomas neuropsiquiátricos, como delírios, ansiedade e alucinações. Desta forma, esses resultados sugerem que a proteína tau contribui para o desenvolvimento de delírios, ansiedade e alucinações nos pacientes com doença de Alzheimer”, informou Cristiano.
O AAIC Satélite oferece a oportunidade de se conectar pessoalmente com os líderes mundiais em saúde cerebral e com a comunidade científica internacional. A participação no congresso permitiu que o pesquisador comunicasse sua pesquisa com outros cientistas, colegas e agências de fomento, além de oportunizar o estímulo à colaboração com outros pesquisadores que também sejam interessados em biomarcadores de sintomas neuropsiquiátricos. “Acredito que essas oportunidades são fundamentais para o desenvolvimento da ciência no Brasil e na América Latina. Adicionalmente, a participação no evento permitiu a divulgação das recentes enchentes para a comunidade científica mundial, reforçando o impacto das mudanças climáticas na saúde mental e cerebral a longo prazo”, o pesquisador completou.