InsCer produz novo radiofármaco voltado à Doença de Alzheimer
A primeira produção do novo radiofármaco Neuraceq, que marca as placas beta-amilóides presentes na Doença de Alzheimer, foi realizada com sucesso no InsCer. A substância foi produzida como parte de uma parceria entre o Instituto, o grupo R2IBF e a empresa Life Molecular Imaging, desenvolvedora do produto.
Este radiofármaco, que será utilizado em um estudo clínico programado para iniciar em março de 2021, está sendo produzido no equipamento Synthera +, da empresa IBA, e ficará instalado no Instituto durante o período de desenvolvimento do projeto. Posteriormente, o equipamento permanecerá no Brasil para dar continuidade à produção do radiofármaco.
Trazer o Neuraceq ao Brasil só foi possível graças aos esforços do InsCer e do grupo R2IBF, que há vários anos trabalham em conjunto para viabilizar o acesso da população a novas tecnologias na área da Medicina Nuclear.
“Queremos deixar registrado o nosso grande agradecimento às empresas Life Molecular Imaging, IBA Radiopharma Solutions e a DMI Representação Comercial. Só atingimos esse resultado porque o trabalho foi feito em conjunto”, afirma Louise Hartmann, coordenadora do Centro de Produção de Radiofármacos do InsCer.
Importância do radiofármaco
O radiofármaco Neuroceq é de suma importância para a sociedade, pois estudos indicam que uma parcela das pessoas com Alzheimer é diagnosticada de forma errada. Este radiofármaco identifica se existem as placas beta-amilóides no cérebro do paciente (placas características do Alzheimer), sendo um marcador assertivo no diagnóstico para esta demência. Estima-se que mais de um milhão de pessoas no país tenham Alzheimer, número que deve aumentar em face do envelhecimento da população.