07 de Janeiro de 2019

Superidosos

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Coordenador: Jaderson Costa da Costa, MD, PhD

Integrantes: Mirna Wetters Portuguez, PhDAlexandre Rosa Franco, PhDAna Maria Marques, PhDCristina M. Moriguchi Jeckel, PhDEduardo Zimmer, PhDEliete Biasotto Hauser, PhDGraciane Radaelli, PhDLucas Porcello Schilling, MD, PhDRicardo Bernardi Soder, PhDLouise Mross Hartmann, MScMarcos Vinícius Fortes Alba, MSc; Michele Andrade, MSc; Wyllians Vendramini Borelli, MD; Gabriel Bittencourt (graduando na Escola de Medicina), Gabriela Etchepare (graduanda no curso de Psicologia), Laura Marques (graduanda na Escola de Medicina), Leonardo Pisani (graduando na Escola de Medicina), Luciana Borges (graduanda na Escola de Medicina), Ricardo Trentin (graduando na Escola de Medicina) e Vanessa Bortolotto (graduanda no curso de Psicologia).

O número de idosos com mais de 80 anos cresce exponencialmente no Brasil. De acordo com recente levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país contabiliza aproximadamente 3,5 milhões nessa faixa etária. Em 2060, esse número deve saltar para 19 milhões. Junto com esse dado, se encontra o aumento da prevalência de doenças degenerativas em idosos – como o Mal de Alzheimer – atingindo 1/3 dos idosos com mais de 85 anos (OMS). No entanto, há um seleto grupo de pessoas nessa faixa etária que mantêm suas funções cognitivas resistindo à passagem do tempo: os Superidosos.

Diante dessa perspectiva e com interesse especial em comparar esses idosos com a população que apresenta declínio cognitivo, especialmente em razão da doença de Alzheimer, o Instituto do Cérebro uniu pesquisadores de múltiplas áreas como medicina, psicologia, física, engenharia, farmácia, matemática, entre outras, com o objetivo de pesquisar sobre o envelhecimento saudável e supersaudável. O grupo quer descobrir quais são os mecanismos neurais que permitem que esses indivíduos cheguem a uma determinada fase da vida com uma capacidade cognitiva muito superior à média. As descobertas dessa pesquisa serão aplicadas a pacientes com neurodegeneração.

Entenda a pesquisa

Os superidosos são avaliados com testes neuropsicológicos para avaliar as funções mentais, classificando esse grupo em diversas funções: atenção, memória, função executiva, entre outras. Ao participarem da pesquisa, os idosos passam por testes psicológicos e, na sequência, são submetidos a exames de imagem: um de ressonância magnética e dois de PET/CT (tomografia computadorizada por emissão de pósitrons).

Os exames da pesquisa são realizados no Centro de Imagem do próprio instituto, com o uso do PIB – Pittsburgh Coumpond B (substância marcada com Carbono 11), um radiotraçador que não provoca qualquer efeito colateral ao organismo. Este radiotraçador é utilizado para marcar o padrão de deposição das placas beta-amiloides, que em certos graus de deposição específicos caracterizam a doença de Alzheimer. O objetivo é entender como se comporta essa deposição nos superidosos.
O estudo realizado no InsCer é o primeiro no Brasil e, com os achados, pretende-se trabalhar estratégias de prevenção precoce da neurodegeneração e tratamentos direcionados a pacientes que já possuem a doença de Alzheimer.

Quer participar?

A pesquisa Superidosos está à procura de voluntários para as próximas etapas do estudo. Veja como é possível participar:

– Ter 80 anos ou mais

– Não ter metais no corpo, tais como marca-passos, próteses, pinos, etc.

– Não ter problemas de saúde como insuficiência renal, câncer, cardiopatias, etc.

Para ser voluntário ou inscrever um voluntário, envie um e-mail para [email protected].

Saiba mais: